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Caito Maia, dono da Chilli Beans - Divulgação / Reprodução |
O fundador da Chilli Beans, Caito Maia, voltou a se manifestar sobre a recente decisão da empresa de deixar de usar o dólar americano nas negociações com fornecedores da Ásia. Em sua última fala, o empresário causou ao defender uma mudança significativa no modelo de como se dá a negociação por moeda, trocando o dólar, pelo renminbi.
Depois da repercussão de suas falas anteriores, o empresário utilizou as redes sociais para esclarecer que a medida é estritamente comercial e tem como principal objetivo reduzir custos, segundo apurado por NDM.
“Não levem para o lado político. A decisão foi tomada para não repassar aumentos ao consumidor”, afirmou Maia.
De acordo com ele, a adoção do renminbi — moeda oficial da China — garante maior estabilidade cambial e amplia a integração direta com os parceiros chineses.
A decisão ocorre em um cenário de intensificação da disputa comercial entre Estados Unidos e China, que vem levando diversas companhias internacionais a repensar sua dependência do dólar em operações de fornecimento.
Com mais de duas décadas de relacionamento com fabricantes chineses, a Chilli Beans agora pretende realizar todas as operações financeiras diretamente em renminbi, eliminando a intermediação de moedas.
“Queremos que o uso do dólar não volte nunca mais”, declarou Maia em entrevista recente. “A ideia é que todas as transações com a China sejam diretas: moeda, compra e comércio.”
Segundo o fundador, a medida também representa uma estratégia de adaptação ao cenário global.
“Neste mundo maluco, a gente não sabe o que vai acontecer. Não vou perder oportunidade de mudar e seguir em frente.”
Expansão internacional
Paralelamente à mudança na forma de pagamento, a Chilli Beans acelera seus planos de crescimento fora do Brasil, com ênfase no mercado asiático. A rede já conta com dez operações na Indonésia e estuda a entrada na China.
O objetivo da companhia é alcançar 3.200 pontos de venda nos próximos cinco anos, parte deles em contêineres ecológicos instalados em cidades pequenas, com menos de 50 mil moradores, dentro do programa Eco Chilli.
Com faturamento anual de R$ 1,4 bilhão, a empresa aposta na combinação de inovação, sustentabilidade e independência comercial para consolidar sua presença global.
A longa trajetória de parcerias na Ásia é considerada um diferencial competitivo pela marca, que agora reforça essa ligação ao adotar oficialmente a moeda chinesa em suas operações.