Quarenta indígenas venezuelanos refugiados receberam o diagnóstico de positivo para o teste de covid-19, em João Pessoa (PB). Os indígenas são da etnia warao e fizeram os testes na segunda-feira (4), mas a situação foi divulgada hoje pela rede de proteção social, da qual o Ministério Público Federal da Paraíba (MPF-PB), que atua no Estado no combate à pandemia do coronavírus.
Os testes foram realizados no grupo depois que uma indígena grávida, de 31 anos, foi internada e intubada em uma maternidade de João Pessoa. Ela testou positivo para a covid-19. A mulher estava alojada no mesmo local que os demais. Ao tomar conhecimento da situação, a Secretaria de Saúde esteve no local para realizar os testes. Foram feitos 48 testagens, dos quais 40 deram positivo. Na quarta-feira (6) outros testes foram realizados e aguardam o resultado.
O procurador da República, José Godoy, explicou que todos os indígenas que testaram positivo serão levados para um centro de atividades e lazer, pertencente ao Governo da Paraíba, para cumprir a quarentena. "Os indígenas em isolamento social receberão alimentação fornecida por um hospital que tem parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Humano", afirmou. Ele disse ainda que, diariamente, uma equipe da Prefeitura de João Pessoa vai monitorar os casos e suas respectivas evoluções.
O grupo de indígenas venezuelanos estava hospedado em um centro social no centro de João Pessoa, administrado pela Igreja Católica. Os demais que testaram negativo serão realocados para outras casas na capital paraibana. Segundo o procurador, há um grupo de atuação formado pela prefeitura e do estado, através das secretarias de Desenvolvimento Humano e da Secretaria de Desenvolvimento Social.
O boletim da Secretaria Estadual da Paraíba mostra que até esta quinta-feira (7) o Estado tem 1849 casos confirmados, 2.356 descartados, 111 mortes e 490 recuperados.
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