As ações da Azul (AZUL4) fecharam em forte queda de 23,45% nesta quinta-feira (29), após serem suspensas duas vezes durante o pregão. O movimento de venda foi impulsionado por notícias de que a empresa está considerando diferentes opções para lidar com sua dívida iminente, incluindo a possibilidade de solicitar proteção contra credores.
No início da tarde, a companhia divulgou um comunicado esclarecendo a situação. Segundo informações da Bloomberg, confirmadas por NDM, a Azul tem trabalhado com o Citigroup para uma possível emissão de ações. Contudo, um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, o chamado Chapter 11, também está sendo avaliado.
A Azul já havia conseguido postergar o vencimento de suas dívidas em junho do ano passado, trocando títulos existentes. Ainda assim, a empresa enfrenta R$ 382 milhões em dívidas a serem quitadas em 2024, além de US$ 550 milhões que vencem ao longo dos próximos quatro anos. No segundo trimestre deste ano, a companhia registrou um prejuízo de R$ 3,87 bilhões.
Entre as alternativas para enfrentar a crise financeira, a Azul também considera emitir novas dívidas por meio de sua divisão de carga e a possibilidade de uma fusão com a Gol (GOLL4). Essa união poderia demonstrar aos credores que a nova empresa resultante teria menores níveis de endividamento e perspectivas de crescimento mais promissoras.
Cabe destacar que, no início deste ano, a Gol entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, em meio a uma dívida de US$ 2,7 bilhões, o que gerou uma série de especulações e temores no mercado, conforme o próprio NDM noticiou à época.
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